Fashion Bubbles – Saulo Roston fala sobre carreira, novo CD e estilo

Logo que saiu campeão do programa Ídolos, da Record, Saulo Roston já anunciava: “Vai ser um álbum extremamente romântico”. Agora, seu primeiro trabalho com músicas inéditas consagra o jovem cantor como um romântico incorrigível e já conquistou o coração de milhares de fãs.  Nova Paixão, primeira música de trabalho e canção que garantiu sua vitória no programa, já faz parte do repertório de boa parte das rádios brasileiras.
O primeiro CD gravado com a Warner foi produzido pelo renomado Luiz Carlos Maluly, que já trabalhou com nomes como Caetano Veloso, Cássia Eller, Daniel e Bruno & Marrone. Saulo participou ativamente de todo o processo do álbum: desde a escolha do repertório, a produção e os arranjos.
Natural de Presidente Epitácio, interior de São Paulo, Saulo Roston havia participado na edição de 2008 somente até a fase dos Workshops. Em 2009, com apenas 20 anos, retornou ao programa e superou todas as etapas e novos desafios.

Saulo Roston na redação do Fashion Bubbles
Saulo começou a cantar com 12 anos. Aos 13, fez um show para 4 mil pessoas na Barra do Garças – cidade localizada na divisa dos estados Mato Grosso e Goiás. Andava sempre com o violão embaixo do braço e vivia compondo sobre qualquer tema: solidão, amor, amizade, rotina. Foi nessa época que criou “Você Foi Feita Pra Mim”, música que também está no seu CD.
Aos 17 Saulo foi morar na Malásia por um ano. Chegando lá, decidiu cantar em bares para se sustentar, já que ele não se deu muito bem com a família que o recebeu no intercâmbio. Entre uma apresentação e outra, conheceu o rapper  Joe Flizzow, do grupo TooPhat. Ficaram amigos e fizeram vários shows juntos, como no Asia Grammy Awards. Também por lá participou de projetos sociais e ensinou música em uma escola da região.
De volta ao Brasil, fez alguns meses de aula de canto em São Paulo. Antes do programa Ídolos, Saulo cantava em bares e eventos fechados. Atualmente ele toca violão, um pouco de piano e gosta de ouvir R&B, soul, pop, jazz, standards e música romântica.

Saulo Roston e Denise Pitta
Entrevista Exclusiva Fashion Bubbles
Com o lançamento do CD Saulo Roston visitou a redação do Fashion Bubbles e conversou sobre o novo trabalho e sua carreira. O jovem talento aproveitou para degustar um vinho e ainda brincou de modelo experimentando alguns looks propostos pela equipe FB. Saulo mostrou todo seu estilo e provou que tem desenvoltura em frente às câmeras.
Durante a visita Saulo Roston apresentou algumas canções de autoria própria e concedeu uma entrevista exclusiva que você confere a seguir:
01. Quanto do romantismo presente em sua arte você traz para a vida cotidiana?
Sou um cara muito iludido com o amor e gosto de viver isso. Não diria magoado… Eu me iludo muito fácil e gosto desse clima de troca entre eu e uma pessoa, de se conhecer e começar a dividir as coisas. Já “quebrei muito a cara” por causa disso. Tem gente que gosta da conquista, mas quando a conquista é muito difícil, não gosto tanto porque sinto como se a pessoa não me quisesse. Não que me sinta desafiado, mas quando esse jogo é muito longo, fica cansativo.
02. Como você lida com o assédio das fãs? Há alguma história inusitada?
Tratar com os fãs é a parte mais legal, o carinho deles é o mais importante para mim! Quanto a histórias… Tem uma maluca sim: uma fã se encontrou comigo e grudou literalmente em “mim”, apertou e não largou! Até a voz afinou! Aí pedi, por favor, para ela me largar e ela largou. Ainda bem!
03. Como se dá seu processo criativo? Como surgem suas letras e melodias?
Minhas criações surgem naturalmente. Às vezes, estou andando na rua e surge uma melodia ou um refrão. Hoje em dia é maravilhoso, porque você pode gravar uma ideia no mp3 ou no celular, em qualquer lugar. Eu tenho um bocado de refrões que precisam de verso e vice-versa. Acho que tem alguns dias em que a gente se sinte mais propenso a criar, mais sensível… Você quer aproveitar um sentimento, uma frustração para compor uma música. O que faço muito é me colocar na pele de algum personagem, seja de um filme ou de um livro para criar. Aí me sinto como se fosse aquele personagem, as dores, alegrias, tudo… Daí sai a música. Chico Buarque era mestre nisso.

04. O que te inspira para criar?
Outras músicas às vezes me dão idéias, porque hoje em dia é difícil criar alguma coisa do nada. Você cria, mas o que é criado é produto de alguma coisa que você já escutou. Por exemplo: eu escrevo muitas de minhas letras em inglês. Quando vou mostrar a música a um amigo ele diretamente a conecta a algum artista. O que eu escuto me influencia e isso é inevitável.
05. Na música brasileira, quais são suas maiores referências?
Há muitas, mas as maiores são Marisa Monte, Roberto Carlos e Ivete Sangalo. Para mim, são os artistas que mais bem administraram suas carreiras. Eles cantam bem e são muito queridos. A Ivete Sangalo é um pouco mais aberta, no sentido “extra palco”. Ela abre sua casa para a imprensa, mostra a família, o companheiro etc.
Já o Roberto Carlos e a Marisa Monte, não; Ninguém sabe muito da vida pessoal. Porque, às vezes, você fica sabendo de algumas coisas da vida pessoal de algum artista e essas coisas acabam te desagradando e, depois, para você refazer a imagem que você tinha antes dessa pessoa é bastante difícil. Eu admiro como eles conseguiram dirigir suas carreiras.
06. Qual a sua relação com a moda?
Moda? É coisa com que eu mais gasto dinheiro! Eu adoro roupa! Não sigo tanto os desfiles, mas é essencial que o artista tenha em mente que ele precisa de uma imagem própria. Hoje, o áudio, por si só não é tão importante. O que fala mais alto é a indústria áudio-visual. A gente entra muito em programas de TV, videoclipes etc. O rádio é super importante, é o que te “estoura”, mas a imagem está de igual para igual. Eu até tenho um profissional que me veste, o Marquinhos Nina – um artista!

07. Você acha que a sua imagem te ajudou a vencer o programa Ídolos?
Se ajudou! A imagem influencia e a roupa tem grande papel nisso. A roupa, ou ela te esconde, ou ela te dá para o público. A roupa diz o que a pessoa é, de certa forma e isso é muito legal no palco. E quando eu digo “roupa” e “imagem” me refiro também a estilo de cabelo, maquiagem e outras coisas. É a roupa que faz com que você seja visto por toda a platéia. Desde o cara que está na primeira fila, até aquele que está na última.
08. Você tem alguma preferência por marcas?
Na verdade, eu uso de tudo. Não me prendo à marca, eu gosto da peça. Gosto muito de roupa de brechó. Você acha umas roupas antigas que, dando uma tingida aqui, uma ajustada ali, funcionam muito bem. Eu gosto de roupas que me dão destaque. Gosto de decotes, aliás, no programa Ídolos, usei uma “gola V” que ia até o meio da barriga, gigante! A roupa foi feita para acrescentar naquele jogo de atração. A roupa deve contribuir nesse sentido.Uma marca da qual gosto muito se chama RC3. Gosto também do trabalho da Carmargo Alfaiataria, é maravilhoso! Os ternos são todos feitos sob medida. Também me agradam algumas coisas da Armani.

09. Como você lida com o público gay?
Eu tenho muitos amigos gays e não tenho preconceito algum. Aliás, acho que a diferença do público gay para o público hétero é que o gay é mais fiel. Recentemente, fui cantar com o Wando na “The Week” [casa noturna GLS da capital paulista] e a primeira coisa que eu falei foi: “aqui é o lugar mais legal do mundo, porque aqui é o único lugar onde nós vamos receber calcinha e cueca!”Eu não tenho preconceito, sou hétero assumido [risos]. Não há diferença e se há é que os gays são um público mais fiel ao artista. Então, gays, eu amo vocês!
Quando eu vou me relacionar com uma fã, eu a abraço para tirar uma foto e tal. Quando chega um homem, que eu vejo que é hétero, eu o cumprimento e tiro foto. Agora, quando chega um homem gay, ele, de certa forma, me vê como aquela fã me vê. Então eu o abraço da mesma maneira que abraço as mulheres que admiram o meu trabalho, porque é isso que ele quer.
Em visita ao Fashion Bubbles Saulo experimentou diversos looks propostos pela equipe FB
Foto: Divulgação

Saulo Roston, Marlos Meilus (maquiador e sócio do studio MMeilus) e  Denise Pitta (editora e uma das criadoras do Fashion Bubbles)

Primeiro Look – Em um dos visuais, as peças da Foxton (camiseta vermelha, camisa xadrez e tênis) acompanharam a calça jeans e cinto Iódice. / Segundo look – Calça jeans acompanhou a camiseta polo de manga comprida, com detalhes de brilhos que quebraram as cores mais neutras e escuras das quais ele tanto gosta. A jaqueta Boone arrematou a composição.

Primeiro Look – Em um dos visuais, as peças da Foxton (camiseta vermelha, camisa xadrez e tênis) acompanharam a calça jeans e cinto Iódice.

O blazer cinza da AD sobrepôs a camiseta de mesma cor, da Addict. Para complementar, foi usada calça do acervo pessoal e cinto do acervo do Fashion Bubbles.  Nos pés do ídolo? Tênis Limits.

Em um dos visuais, as peças da Foxton (camiseta vermelha, camisa xadrez e tênis) acompanharam a calça jeans e cinto Iódice.

O primeiro look foi formado por itens do próprio artista.  No segundo, a calça jeans de lavagem escura acompanhou blazer cinza da AD sobrepondo a camiseta de mesma cor, da Addict. Para complementar, foi usada calça do acervo pessoal e cinto do acervo do Fashion Bubbles.

O jovem talento aproveitou para degustar um vinho e ainda brincou de modelo experimentando alguns looks propostos pela equipe FB
Agradecimentos especiais
Créditos
Stlyling: Eduardo Seemann
Fotografia: Vivyane Garbelini
Edição de Imagens: Priscila Soares
Entrevista: Augusto Paz
Texto: Samantha Mahawasala
A maquiagem ficou por conta de Marlos Meilus, que também ajudou na direção de fotografia da sessão. Quem cuidou do hairstylist foi Leadro Montesino, os dois do studio MMeilus, que sempre apoia talentos.
Veja o vídeo de Saulo Roston cantando “Nova Paixão”, no  Ídolos 2009