Entrevista por Vinicius Rigoletto
Aos 20 anos o paulista de Presidente Epitácio, Saulo Roston, enfrentou 37 mil inscritos no Programa ÍDOLOS da Rede Record e mostrou todo o seu talento e sua simpatia. Para chegar aonde chegou, batalhou com muita persistência, sua principal característica, consagrando-se vitorioso da segunda edição do programa em 2009.
Recentemente lançou o seu primeiro CD, “Nova Paixão”, aonde apostou no gênero romântico para conquistar seus fãs.
Mesmo com sua agenda concorridíssima, o cantor reservou um espaço e recebeu o AGITO SÂO PAULO na Warner Music para um bate-papo.
Quais foram as suas influências musicais?
Uma delas foi que aos 13 anos formei um grupo aonde eu era o caçula e eu não podia entrar em alguns lugares que tocávamos como festas e casa de shows, tínhamos que ficar atento para ver se não aparecia alguém do conselho tutelar, era o maior barato. Nessa época eu ouvia bastante rock e harcore, e comecei a curtir a música também por influência da minha família, minha primeira composição foi “Fala Sério”.
Como você se inspira? Você trabalha sempre numa obra só, ou você faz uma já pensando em outra?
È meio que na hora que surge a idéia, durante o ÍDOLOS fiz duas músicas e a pressão é grande e eu não ficava relaxado para compor. Lá você não consegue criar muita coisa, uma canção diferente, a cobrança por causa dos horários é grande, e compor é algo divino, então eu escrevo o refrão e depois fico um tempão com este refrão escrito, uma hora chego em casa, canto alguma coisa e penso: “Nossa isso é para aquela música que escrevi lá traz”, ai eu finalizo.
Em relação à indústria fonográfica e aos direitos autorais na internet, existe algo que lhe incomoda? Você acha certo todos poderem baixar mídias da internet?
Hoje em dia as gravadoras deveriam começar a tirar um pouco o foco do álbum como fonte de renda, pois não tem jeito, ninguém mais controla, entrou nas lojas já está na internet, e todo o mundo caminho para isso. Eu gosto disso porque rende shows e outras coisas, o áudio sendo postado na internet e baixado, eu concordo. A compra pela rede acredito que não vai pegar, só se a pessoa curtir muito o artista, antes ele prefere baixar de graça e se curtir ele vai e compra. As gravadoras e os artistas precisam se adaptar a isso e rápido, eu acho muito positivo.
Como está o seu primeiro álbum?
Meu novo álbum está a minha cara, porque eu gosto de cantar coisas românticas, me indentifico mais com esse estilo. Mas meu álbum esta com canções de vários estilos, desde “roquesinnho” romântico, piano e voz, algo tipo Ed Mota, bem misturado. Eu fiz essas “misturas”, pois fico pensando na minha vida e no meu dia a dia como se fossem um filme. Cada estado de espírito que eu fico, me pede um estilo diferente. Hoje em dia as pessoas precisam diversificar seu gosto musical, por isso fiz o álbum assim, você consegue entrar no carro e escutar a música que te enche de alegria.
Como foi a escolha do repertorio, você pode opinar?
Eu que escolhi o repertório, mas eles (os produtores) não influenciaram em nada. A escolha foi em conjunto com a gravadora e com os produtores do disco e quando o ÍDOLOS acabou eu tive a impressão que eles iriam impor o que fazer e não foi assim que aconteceu, foi bacana, eu escolhi todos os arranjos. Comecei a gravar o disco e quis que os músicos que fossem gravar comigo tivessem a liberdade de opinião para arranjar e ficou algo que todos se apaixonaram, pois cada um doou um pouco de si.
E como foi gravar seu primeiro videoclipe “Nova Paixão”? (As gravações aconteceram no RJ e o diretor foi o Alexandre Frota).
O Frota me surpreendeu, eu não sabia que ele dirigia, ele me ligou para saber o que eu queria e nos encontramos para acertar detalhes. O Fábio Arruda, consultor de moda, sugeriu que eu tirasse o piercing e desse uma ajeitada no cabelo para ficar algo mais comportado pelo estilo e a proposta do clipe.
O Frota trouxe uma idéia muito boa e melhor do que eu esperava, foi diferente, agora é hora de trabalhar muito em cima dessa música e já estou ansioso para gravar outro clipe.
Como foi sua recepção em Presidente Epitacio após a vitória?
Foi bem legal, no dia da final parecia à cidade sede da copa do mundo, a Record organizou uma entrada ao vivo da torcida com 3 mil pessoas. Quando saiu o resultado do ÍDOLOS o pessoal fez passeata, imagina uma cidade com 50 mil habitantes, uma cidade pequena, foi um bom motivo para festejar a semana toda. Logo após que sai do programa agradeci a todos na cidade em um show que me emocionei demais para 15 mil pessoas.
Como é a sua relação com o Diego e os demais concorrentes?
Com o Diego não consegui me encontrar mais, ele esta trabalhando bastante, mas tenho contato direto com o Júlio. Ficamos bem próximos durante o programa e nós dois dividíamos o quarto com Marcos Paulo, com quem mantenho contato direto por telefone também. O ÍDOLOS me rendeu ótimas amizades.
Estive conversando com seus fãs, e selecionei duas perguntas..
Você tinha noção de que faria tanto sucesso e de que seria tão amado?
Eu não tinha essa noção, acho que a ficha não caiu, quando entrei no ÍDOLOS não pensei que eu fosse ter essa repercussão tão grande que estou tendo. Meu vício é o Twitter, estou direto conversando com as fãs e acho que nunca terei uma noção da onde consegui chegar. É bacana ver o carinho das pessoas e estou me surpreendendo dia-a-dia.
Atualmente qual a importância da música na sua vida já que você é um ídolo entre todas as idades?
Só é 200% do meu dia, é tudo na minha vida, sempre foi! Antes eu tinha outras atividades para conseguir me manter em SP, mas hoje eu acordo e respiro a música graças a Deus, é muito bom, e é o que eu sempre quis. Estou realizado, mas ainda posso ficar mais.
Qual será o seu maior desafio de agora em diante?
Os ÍDOLOS anteriores não deram certo e eu quero me consagrar artista no Brasil, eu preciso estar no mercado e conseguir ficar, esse é o meu grande desafio. Esse ano conto com o apoio da Record a da gravadora Warner Music e vai dar tudo muito certo, estou confiante.