Depois de vencer a disputa acirrada no reality musical da Record, Saulo Roston lança seu primeiro álbum e pretende fazer história entre os ganhadores do Ídolos.
Quando o assunto é persistência, esse paulista de Presidente Epitácio entende bem. Saulo Roston, 21, chegou ao posto mais alto do programa Ídolos e sagrou-se campeão da segunda edição, na Record. Ele tinha motivo sobra para desistir da fama. Além de receber uma resposta negativa ao participar do programa em 2008, o cantor, que já enfrentou preconceito pelo fato de ser gago, não desistiu e desbancou nada menos que 37 mil inscritos.
Investindo nas redes sociais, o cantor mantém um contato direto com os fãs, ao qual faz questão de creditar a vitória, e aposta no gênero romântico como base das canções de seu primeiro álbum homônimo. O CD vem com 14 canções e traz duas regravações - Beija Eu e Aguenta Coração - , além de uma composição sua, Você Foi Feita Para Mim. Confira o papo com ele.
Saulo Roston: É a melhor possível. Estamos na preparação, no fim do processo de divulgação e ensaiando para os shows. A turnê pretende rodar o todo o Brasil, mas o objetivo é ir para fora de São Paulo e Rio de Janeiro primeiramente. Assim, quando chegarmos lá, estaremos mais afinados com a apresentação e um show redondo.
Guia da Semana: Qual o principal critério para a escolha das canções?Saulo: Escolhi o repertório junto com a gravadora e os produtores. Quando criamos os arranjos participei de tudo, inclusive com os músicos. Ficou bem rico, afinal foi uma criação coletiva. O CD ficou a minha cara.
Guia da Semana: Seguiu algum estilo específico?
Saulo: É um álbum romântico, mas falo do amor de diferentes formas. Acredito que existem fases e por isso os ritmos são mesclados no CD. Serve tanto para quem está triste, porque terminou, para quem acabou de conhecer alguém legal e está indo encontrar a pessoa e ouve no carro.
Guia da Semana: Quando decidiu se inscrever no Ídolos?
Saulo: Minha primeira inscrição foi feita pela minha irmã, escondido de mim. Fui, foi bem legal, mas não passei. Isso virou um desafio para mim. Me questionava por não ter conseguido, o que precisava aperfeiçoar.
Guia da Semana: E o que acha que mudou desde a primeira tentativa?
Saulo: Estudei muito canto nesse um ano. Incorporei novas técnicas e, o principal, trabalhei a minha autocrítica. Percebi o que é bom e o que não é para a minha voz. Esse foi o segredo. É preciso achar o que combina com o timbre da voz e eu me identifiquei com o romântico. Até canto um rock em um show, mas o que combina comigo é o romântico e quando descobri isso me dei bem.
Guia da Semana: Em que momento sentiu que poderia levar o programa?
Saulo: Me senti confiante quando cheguei na final. Na hora que anunciaram caí no chão, saí correndo, fiquei alucinado. Primeiro de tudo era preciso acreditar no que eu estava fazendo e acreditava em mim. Vi que podia ganhar e fui atrás, me esforcei e percebi mesmo que era possível. Mas até sentir que ia ganhar é um longo caminho. Fui determinado e cheguei lá, fui com a faca nos dentes (risos)
Guia da Semana: Acha que participar do programa pode prejudicar em algum momento da carreira?
Saulo: O Ídolos é um programa muito legal, importante para revelar novos talentos, mas acho que isso acontece porque no programa teve algumas edições que não foram tão aproveitadas, no sentido dos vencedores não terem conseguido se manter na mídia, por várias razões. O programa perdeu a credibilidade e vem recuperando agora. As pessoas esquecem os vencedores. Estou trabalhando demais e se eu não acontecer, pode tirar o programa do ar, porque não é para dar certo mesmo.
Guia da Semana: O que fazia antes do programa?
Saulo: Cantava na noite desde os 13 anos. Era engraçado, porque eu não tinha idade para cantar neles, não podia entrar. Mas sempre fui determinado e quis fazer isso na vida. Um dia disse aos meus pais e eles me apoiaram e hoje cheguei aqui.
Guia da Semana: Quais suas referências musicais?
Saulo: Gosto muito de Marisa Monte, Taiguara, Roberto Carlos, Ed Motta, Djavan, entre outros. No programa cantei algumas do Elton Jonh, no show canto Jason Marzs, ouço muito meu grande ídolo John Mayer e atualmente o cara que tem a maior presença de palco, Michael Buble. Outro que me ensina diariamente é o Stevie Wonder.
Guia da Semana: O fato da gagueira o prejudicou em algum momento?
Saulo: Iria se eu quisesse, me importasse com as situações ou aceitasse algum possível preconceito. Quando tocava na noite, abria a boca para negociar e os donos das casas chegavam até a rejeitar meu trabalho. Depois que me ouviam cantar, mudavam de opinião. Às vezes dou umas travadas feias e eu mesmo falo: 'Nossa, essa foi feia', e a galera cai na risada.
Guia da Semana: Você utiliza twitter e myspace. Acha que é uma forma de se aproximar ainda mais dos fãs?
Saulo: O contato direto com os me colocaram aqui é a coisa mais importante hoje. Cada uma que ligava, mandava mensagem, me fizeram ganhar o programa e hoje querem saber como eu estou, onde vou tocar, como vai minha carreira e conseguem saber tudo com os meios da internet. Minhas fãs são as minhas grandes paixões.
Guia da Semana: O que pretende conquistar daqui para frente?
Saulo: Minha estabilidade e um espaço como artista. Fazer meu CD chegar a todas as pessoas, me consolidar. Muita gente pensa que por conta do programa tenho vínculo com a Record, e eu não tenho. Quero gravar algo com meus ídolos, subir no palco com grandes nomes da música. Isso seria, com certeza, uma consolidação de sucesso.
Saulo: Minha estabilidade e um espaço como artista. Fazer meu CD chegar a todas as pessoas, me consolidar. Muita gente pensa que por conta do programa tenho vínculo com a Record, e eu não tenho. Quero gravar algo com meus ídolos, subir no palco com grandes nomes da música. Isso seria, com certeza, uma consolidação de sucesso.
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